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Computadores não tem mistérios para os nascidos
na era da informação

Ainda embrulhadas em fraldas, sem saber ler nem escrever, muitas crianças hoje dominam o mouse com a mesma destreza com que brincam de chocalho. O contato com a tecnologia começa cada vez mais cedo – para constrangimento geral dos pais, muitas vezes obrigados a tomar lições com seus filhos para não fazer feio no escritório. Nas escolas particulares, onde os PCs são mais comuns do que no ensino público brasileiro, as aulas de computação atendem a uma galera no mínimo precoce. Algumas delas vêm do maternal, com três ou quatro anos de idade. Cedo demais para mexer no computador? Depende. Há especialistas que garantem: quanto mais cedo uma criança dominar a tecnologia que lhe vai servir no futuro, melhor....

Mexer no computador não é uma atividade danosa em si. Longe disso. Bem utilizado, ele pode ser um tremendo aliado no ensino, ajudando nas lições de casa e tornando mais suportáveis as tardes chuvosas dentro de casa. Há programas específicos para que a criançada desenvolva a coordenação motora fina, a percepção de cores, as formas e ainda estimule o raciocínio lógico...

Bom senso – Apesar de existir correntes pró e contra o uso da tecnologia na educação, a realidade é que o dia-a-dia das pessoas está cada vez mais integrado ao computador e seu conhecimento é pré-requisito para as principais profissões. O segredo do ensino, aliado à tecnologia, é o bom senso.

Isto É online – Edição Especial

FONTE: http://www.terra.com.br/istoe/digital/educacao.htm



PARA NÃO PERDER O TREM DA HISTÓRIA

Cibele Francine Barbosa É Bacharel em Letras, graduada pela Universidade Federal de Viçosa. Já lecionou na Rede Estadual de Ensino e foi Coordenadora Pedagógica da Conecta - Escola de Cursos Profissionalizantes, unidades Caçapava e Taubaté.

Segundo alguns estudiosos, os processos de ensinar e aprender são desafios que se mostram a nós desde sempre. Tais desafios são intensificados na era da informação, pois deparamos a todo o momento com a utilização de diversos tipos de tecnologia e, rodeados de avanços tecnológicos em todas as áreas, percebemos que os acompanhar torna-se praticamente uma missão impossível.

No âmbito educacional também encontramos esse tipo de situação e, como educadores, temos por obrigação ficar informados sobre a utilização dessas ferramentas, de forma a ajudar no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos. Mas essa prática encontra certa resistência por parte da comunidade escolar que, por vezes (ou na maioria delas), não acredita na sua eficiência pedagógica.

Diante disso, surge uma grande questão quanto a essa postura dos educadores: Quais os empecilhos que geram esta resistência ao uso dos recursos tecnológicos?

Sabemos que a educação conta com professores e demais profissionais que enfrentam desafios diversos, mas talvez haja aqueles que têm receio de mostrar seu lado mais frágil, já que o processo se inverte: ao ter que aprender a utilizar esses recursos, o educador volta à condição de aluno e fica vulnerável às dificuldades no aprendizado.

Mas essa missão deve ser encarada como um novo desafio, assim como tantos outros que já encaramos em nossa jornada, e, indo mais além, como uma transformação essencial no nosso comportamento em relação à educação como um todo.

Agora é hora de enfrentarmos o medo do desconhecido e, a exemplo de muitos professores e profissionais da educação, encararmos esse momento de descoberta do mundo tecnológico com o mesmo vigor que já ultrapassamos tantos outros obstáculos em nossa carreira.

Devemos pensar que a introdução da informática na educação abre aos nossos alunos uma porta para o mundo, contribuindo para a formação de um cidadão livre e autônomo na maneira de pensar e de agir.

De forma alguma deixaremos de ensinar nossas disciplinas pela paixão, pela seriedade e pelo comprometimento e nem pela utilização de antigas metodologias que ainda hoje dão certo, mas também pelo uso do computador como fonte geradora de informações em tempo real.

Esse é o momento exato para reflexões e considerações sobre o assunto, mas pensem que daqui a um minuto, novas tecnologias já terão surgido e precisamos estar inseridos nesse contexto para não perdermos o trem da história.